"A Desilusão de Deus" de Richard Dawkins não é apenas uma brilhante obra de divulgação científica, a obra de Dawkins é também uma oportuna obra política. Numa época, em que o fundamentalismo religioso voltou a ganhar terreno, em particular através da progressão do islamismo no Médio Oriente e da ascensão ao poder nos EUA de uma das variantes mais fanáticas de protestantismo evangélico, Dawkins interpela-nos com toda a oportunidade sobre os perigos deste manifesto retrocesso civilizacional.
Deus não existe e as religiões são perniciosas e causadoras da maior parte dos males do mundo? Provar que a resposta só pode ser afirmativa é o objectivo desta obra, que ocupou o top de vendas na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos.
Orgulhosamente ateu, o autor pensa que a maioria dos cientistas também o foram e são, dando o ateísmo um contributo fundamental para uma sociedade mais feliz, porque livre. Os argumentos filosófico-religiosos a favor da existência de Deus são de extrema debilidade.
Darwinista convicto, vê na selecção natural a chave de explicação da evolução, acabando com a ilusão de um Deus pessoal criador e de um “desígnio inteligente”.
Obra retumbantemente polémica, acusada de superficialidade unilateral e fundamentalismo cientificista, tem a pretensão de tornar ateus todos os seus leitores religiosos. Optimismo presumido e ingénuo, obrigará, de qualquer modo, os crentes a mais lucidez. É provavelmente umas das obras literárias mais polémicas dos últimos tempos, onde o autor defende copiosamente o seu "fanatismo" e quase que obriga os seus leitores, até os mais cépticos a repensarem a sua maneira de encarar a religião. Um livro que só por si tem o condão de mudar o Mundo. Uma obra-prima no que diz respeito a livros de introspecção pessoal e de opinião pessoal.
Orgulhosamente ateu, o autor pensa que a maioria dos cientistas também o foram e são, dando o ateísmo um contributo fundamental para uma sociedade mais feliz, porque livre. Os argumentos filosófico-religiosos a favor da existência de Deus são de extrema debilidade.
Darwinista convicto, vê na selecção natural a chave de explicação da evolução, acabando com a ilusão de um Deus pessoal criador e de um “desígnio inteligente”.
Obra retumbantemente polémica, acusada de superficialidade unilateral e fundamentalismo cientificista, tem a pretensão de tornar ateus todos os seus leitores religiosos. Optimismo presumido e ingénuo, obrigará, de qualquer modo, os crentes a mais lucidez. É provavelmente umas das obras literárias mais polémicas dos últimos tempos, onde o autor defende copiosamente o seu "fanatismo" e quase que obriga os seus leitores, até os mais cépticos a repensarem a sua maneira de encarar a religião. Um livro que só por si tem o condão de mudar o Mundo. Uma obra-prima no que diz respeito a livros de introspecção pessoal e de opinião pessoal.
Mais uma leitura que aconselho. ;)
3 comentários:
Passei por aqui...
Sem deus, não haveria natal. Imagina lá o mundo sem o velho de barbas a descer chaminés...
O resto são histórias!
Creio que Richard Dawkins se esqueceu de Galileu…
Este cientista tentou suavizar a posição da Igreja relativamente à ciência proclamando que esta não minava a crença na existência de Deus, antes a reforçava. Escreveu certa vez, que sempre que olhava através do seu telescópio o rodopiar dos planetas, ouviu a voz de Deus na música das esferas. Afirmava que a ciência e a religião não eram inimigas, muito pelo contrário, eram aliadas…
Duas linguagens diferentes que contavam a mesma história, uma história de simetria e equilíbrio, céu e inferno, noite e dia, quente e frio, Deus e Satanás. Tanto a ciência como a religião rejubilavam na simetria divina, na infindável competição entre a luz e a escuridão…
O que realmente é uma desilusão é esta religião que denomino por religião “moderna” que não passa de uma abominável colagem, um registo acumulado da busca do divino da Humanidade.
Como dizia Leonardo Da Vinci: Muitos fizeram das ilusões e dos falsos milagres o seu ofício, enganando a estúpida multidão.
A Bíblia é um produto do homem, não de Deus. O homem criou-a como um registo histórico de tempos tumultuoso, e tem evoluído ao longo de inúmeras traduções, adições e revisões. A História nunca conheceu uma versão definitiva do livro.
A Bíblia, tal como hoje a conhecemos, foi coligida por um pagão, o imperador romano Constantino, o Grande.
No tempo de Constantino, a religião oficial de Roma era o culto do Sol… o culto do Sol Invictus, de que Constantino era o sumo sacerdote. Infelizmente para ele, um crescente turbilhão religioso estava a apoderar-se de Roma. Três séculos depois da morte de J.C, os seus seguidores tinham-se multiplicado exponencialmente.
Cristãos e pagãos começaram a guerrear-se, e o conflito atingiu proporções tais que ameaçava dividir Roma em duas.
Constantino era um excelente homem de negócios e percebeu que o Cristianismo estava em ascensão, e limitou-se a apostar no cavalo vencedor. Converteu os adoradores do Sol pagãos ao cristianismo. Fundiu símbolos, datas e rituais pagãos com a crescente tradição cristã, criou uma espécie de religião híbrida que era aceitável para ambas as partes.
Os discos solares egípcios tornaram-se os halos dos santos católicos, pictogramas de Ísis a cuidar do filho Horus tornaram-se o modelo das imagens da Virgem com o Menino.
No cristianismo nada é original. O deus pré-cristão Mitra, chamado Filho do Sol e Luz do Mundo nasceu a 25 de Dezembro, morreu, foi sepultado num túmulo de rocha e ressuscitou três dias mais tarde.
25 de Dezembro, também é o dia de aniversário de Osíris, de Adónis e de Dionísio. O recém-nascido Krishna foi presenteado com ouro, incenso e mirra e até o dia santo semanal do cristianismo foi roubado aos pagãos
Ainda hoje, a maior parte das pessoas que vão à missa ao domingo de manhã não sabe que está ali por causa do tributo semanal dos pagãos ao deus-Sol.
O estabelecimento de J.C. como Filho de Deus foi oficialmente proposto e votado no Concílio de Niceia. Era tudo uma questão de poder.
J.C. como Messias era essencial para a unificação do Império Romano e para base de poder do novo Vaticano.
Dito isto, quem realmente será uma desilusão?
;)
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